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Channel: Restaurantes – Saliva.pt
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Bunker

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As Docas de Santo Amaro, depois de uns anos mais conturbados, estão pacificadas. É agora um local de famílias e de vida saudável, onde os olhos e o espírito podem descansar sobre o rio Tejo. No entanto, dizem que há outra guerra por aí. Mas nas Docas de Santo Amaro pode encontrar o lugar seguro. A guerra é dos hambúrgueres e o Bunker o novo restaurante.

Inaugurado a 27 de Abril, no Armazém 7 das Docas de Santo Amaro, o Bunker, tem 90 lugares “de vigia” para o Tejo e outros tantos mais resguardados. Prometem não dar tréguas aos apreciadores de hambúrgueres.
Com um ambiente descontraído e confortável, as armas expostas são tábuas e frigideira e há um Jeep Willy para dar as boas vindas. A carne vem dos Açores e a divisa do Bunker é “No Bullshit Kitchen”.
Se olhando o Tejo podemos perspetivar futuros desejados, no interior, os grandes ecrãs passam fitas a preto e branco de clássicos do cinema que retratam a Segunda Grande Guerra. Mas este Bunker é um local de paz. Onde todos que vêm com o propósito de celebrar o hambúrguer são bem-vindos.

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Bô 457

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Bô apetite! É assim que somos recebidos neste espaço em Matosinhos. O Bô 457 faz-nos viajar até Trás-os-Montes em toda a sua carta: seja pelo fumeiro e queijos, seja pela carne, certificada de Vinhais. Mesmo ali perto do mar e em sítio de peixe, esta brasaria tem marcado o seu lugar. E, digo-vos, aqui come-se a sério.

O espaço abriu pelas mãos de um casal – o Fábio e a Vera – com formações académicas alheias à restauração, sendo que a intenção era precisamente deixar a marca do mundo gastronómico transmontano por Matosinhos. O espaço está soberbamente bem decorado: segue uma linha original, prática e industrial, com objectos vintage aqui e acolá a darem o ar da sua graça no restaurante. A sua fachada é em vidro, pelo que a luz recebida torna os almoços uma experiência mais agradável. O facto de ser um restaurante amplo torna- se uma boa opção para quem pretende realizar jantares de grupo.

Num dia de sol abrasador e em hora de almoço, começamos por uma refrescante sangria de vinho rosé, mas as opções extendiam-se às sangrias de espumante ou à tradicional de vinho tinto. As entradas vieram numa tábua de fumeiro e queijos artesanais DOP, acompanhados por uma deliciosa pasta de azeitona e compota de abóbora de Carrazeda de Ansiães. E que belo começo! A qualidade dos produtos tornou promissora toda a refeição.

Confesso que quase todas as minhas expectativas estavam na qualidade da carne, influências dos meus avós que sempre me “educaram” de forma exigente no que toca à escolha das carnes e à sua confecção. Então, para prato principal, foi-nos sugerida a bisteca transmontana com pimentos recheados de queijo e salsa, acompanhados de batatas assadas no forno. Ao cortarmos o pedaço servido, vimos logo pela sua cor que estava cozinhada no ponto. E ao provar só superei as expectativas que me levaram até ao Bô: a carne era tenra e denotava-se a sua qualidade tipicamente transmontana. Os pimentos recheados são um completo estupendo neste prato e a junção harmoniosa de sabores não passa despercebida: o picante, o salgado e o doce transpõem-nos para outra dimensão. Ainda provamos a batata doce frita, também deliciosa, mas mais adequada para comer nas entradas ou como petisco.

E quando achávamos nós que o nosso estômago já estava bem preenchido, chegamos à altura da sobremesa. Na carta, podem optar por exemplo pelo doce da casa, por queijo de ovelha artesanal ou até experimentar o gelado artesanal de queijo da Serra da Estrela DOP acompanhado de doce de abóbora. Mais uma vez por sugestão do staff, provamos a novidade do momento, o crumble de maçã acompanhado de gelado de baunilha. Uma junção de quente/frio bem confeccionada, tinha a dose certa de doce e foi o final esperado para esta excelente refeição.

Para quem espera comer algo mais portuense no Bô, as francesinhas estão incluídas na carta da casa e – ouvi eu dizer – são de comer e chorar por mais, sendo que já fazem parte do top de muitos apreciadores. Mas aconselho-vos a seguir as sugestões do staff, muito atencioso e sempre atento aos nossos gostos e necessidades.

Uma das minhas inquietações foi também conseguir fazer uma refeição sem glúten. Se é possível aqui? É. Basta ignorar a existência do pão à mesa para os intolerantes, que o resto da refeição é rica em produtos da terra e da natureza, isentos de glúten.

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Osteria – Cucina di Amici

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Estacionar o carro percorrer as ruas da nossa Lisboa é deveras revigorante. Tantas vidas partilhadas em conversas de janela em janela… Rua das Madres, nº52 & Travessa das Inglesinhas, nº1 – Osteria – Cucina di Amici. Três vitrines altas. O prédio forrado a azulejo. Virar à esquerda e voilá… uma árvore em flor que nos convida a entrar. Ciao! A Lara recebeu-nos com o mesmo sorriso que senti ao fazer a marcação do almoço. Sentimos sempre quando nos sorriem do outro lado na linha. Há como que uma empatia natural.

Entrar na Osteria é como entrar em casa dos amigos. As anfritiãs, criadoras do projecto são Chiara Fero e Tânia Martins, apresentam-nos uma cozinha simples, genuína e preparada como se fosse para amigos. O espaço é cosy. Relembra os tempos de outrora e sentimo-nos naturalmente bem. A decoração é despretensiosa porém tão nossa. Muitos quadros nas paredes com textos e imagens claramente de Itália. Confesso, senti-me logo em casa. A Lara convida-nos a sentar. Logo de seguida, traz para a mesa 2 copos de sangria de framboesa e frizila (pão com tomate picado, majerição e azeite. Leve.), o Benvenuto: Brindisi (brinde)!!!  e explica-nos o conceito deste espaço. Osteria significa, em italiano, uma tasca. A sugestão é degustar e desfrutar da experiência degustativa, ir petiscando com dois dedos de conversa e mais dois e venham outros dois.

A Chiara, baseando-se na genuína tradição italiana e recorrendo a receitas de itália, criou uma ementa organizada em entradas (Per Iniziane), pratos na frigideira (Nella Padella), pratos de panela (Nella Pentola), pratos no forno (al Forno).

E começamos, seguindo o conceito da Osteria – Cucina de Amici, partilhando e acompanhámos com Aperol Spritz, de sua cor alaranjada, leve e efervescente :

. Foccacia Genovesa, cesto de pão e prato de azeite.

Pizza frita com burrata, pecorino, molho de tomate e oregãos. mio Dio! Bom demais.

. Os medalhões de frango com pesto, panados, acompanhados com molho de tomate calabrese provocaram uma explosão sensorial (pesto mais picante e o molho de tomate doce para equilibrar).

Risotto Sícília com tomate seco do Algarve, manjericão e queijo mozarrela. Adoro risotto assim: cremosos e cheios de sabor.

Lasanha de pão carasau com courgette, tomate e ricotta. Pão fino em várias camadas. Que lasanha tão saudável e deliciosa.

Pasta com beterraba com manjericão, pinhões e queijo pecorino. Que cores intensas, o esparguete al dente e harmonia dos seus ingredientes.

Almôndegas de carne com o melhor molho de tomate do mundo (receita especial da Chiara) e puré. Maciosidade e textura. Perfetto!

Existem os pratos do dia. No entanto, o conceito é partilhar. E os nossos olhares cruzam sempre com o que chega à mesa do lado. Também queremos! E de repente, falamos com os amigos da mesa ao lado, franceses que estavam de férias e seguiram muitas das nossas escolhas. Acho que perceberam pela minha expressão e cor vibrante dos pratos, que eram deliciosos. Mea culpa!!!

A Lara pergunta: apetece-vos sobremesa? Sì… per favore. Digo-lhe que é um dos meus momentos preferidos. Mix de sobremesas (tarte de mascaporne, panacotta framboesa, bolo de chocolate com nutella e pistachos e tiramisú): quase que apetece fazer um dó li tá. Todas deliciosas porém houve uma que me encantou logo de início (os olhos comem) e me conquistou para todo o sempre: a tarte de mascarpone. Por fim, o café italiano com direito a limoncello e grapa. Ops…

A ementa faz-nos viajar e há muito para (re)descobrir: almondegas de beringela à moda siciliana, lasagna de massa caseira com bacalhau e pesto frescos, vitelo com molho de tomate com alcaparras.

No final, conversámos com a Chiara & a Tânia. A Chiara estava entusiasmada com o seu “novo bebé”: a máquina de fazer massa fresca. Partilhámos a experiência e descobrimos que a sobremesa ex-libris foi feita ao acaso. Há acasos assim: perfeitos. Grazie.

Usufruir de espaços assim é um privilégio: cada vez mais sinto que estes espaços feitos de pessoas e dos seus produtos, da comida sempre surpreendente, sabores que nos fazem viajar, ouvir outros sons são os que fazem mais sentido. Foi uma experiência maravilhosa, para além de deleitosa.

Saímos felizes e com um sorriso de orelha a orelha.

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Clube de Jornalistas

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À primeira vista o nome Clube de Jornalistas pode ser dissuasor para quem passa na Rua das Trinas, na Lapa. Um clube exclusivo? Só para jornalistas? Nada disso! O Clube de Jornalistas, apesar de a porta estar fechada e de termos de tocar à campainha para entrar, é um restaurante aberto a toda a gente, proporcionando uma experiência gastronómica tranquila.

Fundado em 1983 e instalado num palacete do séc. XVIII, o restaurante deve o nome ao Clube de Jornalistas. Renovado em 2010, apresenta uma oferta diferente, numa carta com uma abordagem contemporânea e internacional. O ambiente é acolhedor, intimista, e o espaço clássico, composto por várias salas (uma delas totalmente forrada de azulejos dos séc. XVIII e XIX,) e um tranquilo jardim privado.

O Chef Ivan Fernandes e Luísa Branco emprestam a alma ao Clube de Jornalistas, numa gestão atenta aos pormenores, que se estende a toda a equipa, multicultural, onde portugueses, brasileiros e nepaleses partilham experiências. Com um serviço suave e irrepreensível, é um espaço de surpresas, a começar pela própria cozinha fruto da criação do Chef.

E as surpresas no Clube de Jornalistas continuam… o menu, que nos chega dentro de um origens do Chef, e criações afetivas como “Pra Luísa” (dois pratos com batata doce que Luísa gosta muito).

A carta divide-se em várias partes: no Acabando de Começar, destaque para o carpaccio de novilho, farofa de amêndoa e vinagrette trufado, e para a divinal beringela assada, caramelo de miso e pistache. Segue-se o Começando a Acabar, onde se evidencia o risotto de moqueca de camarão, o polvo em alecrim, puré de batata-doce e cebolete, e o lombinho de porco preto trufado e um refogado de feijão-frade e maçã. E ainda mais uma surpresa… “costelinha” de borrego dos Pirinéus assada e farofa, para comer sem talheres, acompanhada de um copo de Birra (a cerveja artesanal criada no restaurante). No Uns Docinhos para Acabar, a surpresa das Coisas Doces: sobremesa constituída por todas as sobremesas em pequenas porções, um prazer literal e visual. A carta de bebidas concentra opções de vinhos nacionais e internacionais.
No Clube de Jornalistas encontramos comida com alma e sabor, onde o mais importante é quem está sentado à mesa.

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Real Taverna Mata Bicho

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Mata-Bicho, expressão popular de origem francesa e também muito comum em terras africanas, que significa desjejuar, tomar a primeira refeição do dia – acompanhada com um copo de vinho ou aguardente acreditava-se matar o bicho da fome que habita no estômago!
Mas não se pense que por aqui se servem pequenos-almoços! Aqui servem-se verdadeiros repastos a lembrar a comida da avósinha, de manhã à noite, 7 dias por semana!
A Real Taverna Mata Bicho situa-se na emblemática Praça Rodrigues Lobo em Leiria, no edifício centenário Zúquete, restaurado pelo Arquiteto Ernesto Korrodi, e onde funcionou o Grémio Literário e Cultural até meados do século passado. E a esplanada tem vista privilegiada para o Castelo de Leiria!
Propriedade de Vasco Ferreira e Sabino Carvalho, o espaço combina petiscos e cozinha tradicional portuguesa num ambiente com apontamentos kitsch. Desde um maravilhoso chão de mosaico hidráulico, uma bicicleta “pasteleira” pendurada no teto, abajures típicos da Marinha Grande cobertos com naperons, até ao Zé Povinho e ao tão admirado quadro de época de Sílvia Patrício, tudo se conjuga num ambiente tão familiar e acolhedor, tão cheio de estilo e bom gosto. E há sempre uma novidade vinda de uma feira de velharias para descobrir!
Boa carne, o peixe mais fresco, o melhor bacalhau, arroz de tomate, caldo verde, enchidos, doces caseiros, os melhores vinhos portugueses e licor beirão nunca faltam nesta casa!
Aqui somos recebidos com todo o cuidado e simpatia genuína! Encaminhados para mesas em mármore, junto às quais não faltam cabides individuais para colocar casacos e malas (as senhoras adoram!) imediatamente somos brindados com um cesto de pão para todos os gostos para molhar no mais português dos temperos: o azeite! Confesso, adoro pão com azeite, para mim não há nada mais português!

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As nossas entradas: salada de bacalhau com grão e e salada de orelha. Perfeitas!
Ao sábado ao almoço servem-se também dois pratos muito portugueses: arroz de pato e bacalhau com natas – este último digo, sem qualquer hesitação, uns dos melhores que provei até hoje! Tão leve e tão fofo que lembra um souflé… Mas em taberna com forno a lenha as pizzas são uma perdição – Pizza fresca foi a escolhida!
E as sobremesas? Sabem aqueles doces caseiros da avó?! Vão querer prova-los todos!! Eu não consigo decidir!
E, na hora da despedida, as crianças têm um miminho divertido e original! Uma corda numa roldana que esconde junto ao teto um tacho antigo com um tesouro… e cada criança tem a oportunidade de fazer descer o tacho e tirar a sua recompensa! A minha filha ficou rendida… e eu também! E mais não conto, tesouros só para os piratinhas!
Eu matei o bicho! Por agora!! (Porque fiquei com o bicho de lá voltar muitas e muitas vezes!)

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Hemingway Cascais, Restaurante Bar

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Há viagens que encantam logo ao sair de casa. Seguir pela marginal até Cascais é um privilégio. As praias quase vazias porém com finais de dia já a chamarem o verão. Tardes que se prolongam e que nos trazem boas energias.

Chegar à Marina de Cascais é deixar a alma sair do corpo e navegar pelo mar. Subimos ao primeiro piso e chegamos ao Hemingway Cascais, Restaurante Bar – espaço antigo que foi renovado em 2003 por Telma e Pedro Vaz Moura. Lá fora a marina, o Atlântico e o terraço coberto. Cá dentro, do lado direito as mesas e cadeiras e o sofá cheios de cores vibrantes que convidam a sentar e a tomar um cocktail. No centro, o bar. As cores das garrafas saltam à vista e destacam-se. Do outro lado, o restaurante. O vermelho predomina e aquece o espaço. Decoração quase em estilo vintage ainda que deveras elegante. Há uma privacidade latente entre as várias mesas. Partilhamos o mesmo espaço mas cada mesa, tem um espaço próprio que nos acolhe e envolve como se estivemos a “sós” com a nossa companhia.

Somos convidados a sentarmo-nos. Degustação com harmonização de vinhos. Soa tão bem (e no fim vamos perceber que sabe ainda melhor). Foi-nos perguntado se tínhamos alguma intolerância e se não apreciávamos algo. Nada a declarar. Deixar a viagem dos sentidos começar sem ter um rumo definido é arriscado q.b., porém deixem que vos diga, no Hemimgway Cascais, é intensamente delicioso.

Quando comemos, viajamos e tudo pode acontecer. Começámos com os cockails, elaborados com fruta fresca, como aperitivos: Framby (Tanqueray gin, framboesa, limão e lima) com cor intensa, sabor ácido e antioxidante, que se intensifica a cada bebericar. Adorei o detalhe das framboesas dispostas sobre as extremidades do copo. O Tanqueray Strawberry Mojito (Tanqueray Gin, morango, lima, hortelã) tão refrescante.

Seguimos para a Tapana de azeitonas frescas, mousse de beringela e hortelã fresca, manteiga caseira com ervas finas & azeite da Herdade do Esporão. A acompanhar pão sementes de girassol, pão malte (é-nos dado a escolher). Sentir o sabor dos elementos apresentados de forma diferente é maravilhoso.

Respiramos profundamente e continuamos o nosso caminho: Alheira de Caça em Marmelo Glaceado, Escabeche Algarvio numa Gema Crocante e Coulis de Salsa. Quando pensamos em alheira, surge na nossa mente algo consistente. Nada disso: tão leve e deliciosa. Apetece não parar de comer. A acompanhar um vinho branco do Douro, Vinha dos Deuses 2013. Leve e um limpa sabor mais que perfeito.

Os Tentáculos de Polvo Confitado com batata Souflé, Creme de espinafres, Coulis de Pimentos e Aros de Cebola Pérola Em Tempura acompanhado do vinho branco Esporão Reserva Alentejo estava, no ponto e a combinação dos elementos foi subtil. Um prato bem equilibrado. O Magret de Pato Crocante com Creme de Batata-Doce, Cerca de Espargos e Molho à Pequim estava perfeito. O magret estava suculento e macio e o creme de batata-doce cremoso e consistente. A disposição de todos os elementos no prato e a primeira garfada ditam a aprovação. E depois um gole de vinho tinto do Douro. A estrutura encorpada de um vinho do Norte e a sua história: Quinta do Passadouro 2013.

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Há sobremesas assim: delicadas. Crumble de Pêra Bêbeda com Gin Tanqueray após a primeira colherada… o huummm. Oh my God, I’m in heaven! O crumble crocante, o gelado de baunilha com sementes de papoila leve, a pêra bêbada cortada em pequenos pedaços. Confesso, a sobremesa com a simbiose mais que perfeita.

Terminámos esta viagem, com infusões: Chá Fitness – Cacau, Alcaçuz, Erva Mate, Erva Doce Roibos, Limão, Dente de Leão e Alcachofa & Chá Robin Wood – Morango, Framboesa, Hibiscus, Arando, Amora e Mirtilho e uns pequenos mimos doces.

A conversa flui naturalmente…

A ementa é sugestiva e há opções que acredito que vos farão deliciosamente feliz: Ostras em 3 momentos, natural, espuma de lima e gengibre gratinada em bisque.; Studel de Legumes em Noutabela Acompanhado de Rúcula; & a Caravela Portuguesa: bolo de chocolate, leite de amêndoas, espuma de café crocante de leite e gelado de canela, entre outras.

Há uma variedade imensa de cocktails e infusões para experienciar.

É importante referenciar o Chef Bruno Soares Póvoas. Este leva-nos numa viagem dos sentidos. A experiência vale cada emoção: a surpresa na visão, a alegria no olfacto, a aprovação do paladar. Cada degustação é uma agradável surpresa. Assim como, o Wine Chef Pedro Vaz Moura que combina a degustação com harmonização vínica transformando esta na união das partes que se transformam num todo.

Tudo o resto são complementos importantes e que por si só fazem a diferença: música ambiente diversificada e harmoniosa, temperatura ambiente agradabilíssima. O atendimento preciso, elegante e harmonioso em cada uma das mesas. Até houve um cantar de parabéns. A apresentação dos pratos é em louça branca, logo os elementos brilham e destacam-se. Os copos com design clean e elegantes. Um banco junto à mesa para colocar a mala. O wc é cheio de mimos: o gel de mãos, o atoalhado, o creme de mãos, entre outros. Detalhes que diferenciam e elevam o espaço.

Disfrutar assim do tempo, do momento é profundo. Quando saímos, uma música de Louie Amostrong soa na minha mente: What a Wonderfull World. Há mundos e momentos assim: perfeitos por si só, simplesmente porque sim! Grata Hemimgway Cascais

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Diana Restaurante

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A emigração é um termo que todo o português conhece. Não só pelos dias que correm, mas mais sim pelos que já correram. Certamente, todos conhecerão algum corajoso que se meteu num avião ou barco de mala às costas à procura de algo mais. Para mim, são ainda mais corajosos aqueles que voltam, que deixam tudo o que demorou a construir para trás e começam de novo, ao ritmo de outros sabores.

Irene e Fernando são um excelente exemplo. Após décadas em Londres, atrás do balcão do restaurante Moinho, um pequeno oásis gastronómico de Portugal nas chuvosas terras britânicas, decidiram partir de malas e bagagens e voltar à querida pátria. E aí surge o Restaurante Diana, em pleno centro de Braga, com o número 172 nas costas da camisola da Rua Frei Caetano Brandão.
Mas afinal, quem é a Diana? A menina dos olhos deles, como seria de esperar. E posso-vos dizer mais, é a responsável pelas cadeiras rosas que, em conjunto com as azuis, amarelas e verdes dão toda uma outra vida ao espaço. Neste abundam os contrastes fortes entre o rústico da pedra e o moderno das paredes brancas, os candeeiros dourados e esguios e as volumosas molduras que iluminam as camisolas dos amigos, jogadores portugueses dos tempos londrinos.
Uma coisa é certa, tudo atrás do balcão tem o dedo do Fernando, e à frente a simpatia da Irene. Nota-se a vontade e o gosto de bem servir, assim como o orgulho naquilo que fazem. E isso reflete-se na bela refeição que tivemos o prazer de saborear.

Começamos com uma alheira à brás de entrada, onde o doce da cebola e do vinagre balsâmico se mistura com o crocante da batata, migas de broa e amêndoa torrada, tudo envolto na suave riqueza do sabor fumado. Seguiu-se a prova de um suculento naco de vitela em cama de legumes salteados, uma doce pera bêbada e molho agridoce de frutos vermelhos com mirtilos. Para terminar esta rica viagem, devorámos o fofo e quente fondant de abóbora, o seu rico e pegajoso interior, habilmente combinado com uma fresca bola de gelado de baunilha e uma fatia de pitaia.

Foi uma viagem de ida, mas tenho a certeza que em breve haverá uma de volta.

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Raw Food by Fiona Harrower

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Após um convite irrecusável de regressar à Casa Galeria House of Wonders, eis que venho com mais uma novidade para vos contar. Sim, porque nesta casa raros são os dias em que não há algo novo a acontecer, tal é o entusiasmo com que a Anna Catharina gere a casa mais amiga da saúde de Cascais. Outra dessas novidades é a total isenção de fumo em todo o espaço, inclusive no terraço.

Desta vez o encontro tem lugar na galeria, onde foi criado um espaço totalmente dedicado à Raw Food (comida crua, também conhecida por crudivorismo) que podemos degustar ao almoço, juntamente com o Garden Mezze constituído por um buffet, “crie você mesmo”, de saladas.

Para quem não sabe o que significa este estilo de vida e pensa que vou apenas falar de cenouras cruas, desengane-se… Vão ficar tão surpreendidos quanto eu! Esta alimentação baseia-se apenas em alimentos de origem vegetal não processados, ou cozinhados acima de 42ºC, de modo a preservarem todas as enzimas que auxiliam a sua digestão, bem como nos processos metabólicos que resultam na desintoxicação do organismo e produção de energia.

As receitas são elaboradas sem recorrer ao fogão ou forno conventual e os alimentos desidratados são confeccionados num forno específico (desidratador) a uma temperatura inferior aos 42ºC referidos anteriormente. Todos os alimentos utilizados são vegan e de origem biológica por conterem mais minerais, vitaminas, enzimas e fitonutrientes (compostos naturais bioativos encontrados em alguns alimentos vegetais).

Frutas, legumes, hortaliças, frutos secos, sementes, germinados de grãos e os superalimentos são indispensáveis neste tipo de alimentação, capazes de se tornarem em fantásticas obras-primas através das mais habilidosas mãos!
E é aqui que tomo conhecimento da palavra Rawsome (raw = cru + awesome = fantástico), introduzida no meu vocabulário pela Chef Fiona Harrower, que comanda o seu cantinho de forma inigualável e nos ensina o verdadeiro significado deste conceito em estilo goumet.

Da ementa faz parte um sushi que nada deve ao original, tanto na consistência como no sabor, tudo indicava que continha um ingrediente acabadinho de pescar! Cuscuz de couve-flor com chutney picante de manga, super fresco e aromático, esparguete de curgete com molho de abacate, levemente cítrico e extremamente apetitoso. Confesso que o meu cérebro ficou baralhado e teve que fazer reset várias vezes para, finalmente, acreditar que o que estava a comer não era cozinhado… Incrivelmente saboroso, reconfortante e saudável!!
Claro que o final tinha que ser com chave de ouro, ou não estivéssemos nós na Casa das Maravilhas.

Num artigo anterior apresentei a sobremesa especial (inesquecível) e, para minha felicidade, aqui está ela novamente… É sem qualquer dúvida, o melhor cheesecake raw que alguma vez provei, cuja base é composta por frutos secos e coco, uma camada intermédia de abacate e chá matcha e por cima um creme de manga encantador, decorado em tons primaveris com as mais coloridas flores… É tudo, e muito mais, do que possam imaginar…
Obrigada, Café Galeria House of Wonders, pelas fantásticas experiências que nos proporcionam!

Mais uma vez, saio desta casa com um sorriso nos lábios.

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Estória

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Todos nós crescemos a ouvir histórias, nomeadamente as histórias de príncipes e princesas, onde havia sempre um majestoso palácio para onde eles iam viver e ser felizes para sempre, ficando sempre em aberto o significado do “ser feliz para sempre”, como se ficasse ao nosso critério!

O Chef Vitor Areias decidiu ser feliz num palácio, outrora pertencente ao Marquês de Pombal, em Oeiras, mais precisamente na Cruz Quebrada. Neste palácio, que apelidou de Estória, é feliz ao dar largas à imaginação, inspirando-se no que a natureza lhe oferece e a criar pratos magníficos, presenteando os seus clientes com uma oferta variada de dia para dia, sempre em consonância com os alimentos que cada estação do ano nos traz. Fica a certeza de que aqui, a história nunca será a mesma!

O conselho que vos dou, ao visitarem o Estória, é optar pelo menu de degustação, uma vez que somos brindados com cinco pratos absolutamente arrebatadores, em vez de nos ficarmos apenas por um e chorar por mais. Depois não digam que não avisei!

O começo da história dá-se com um couvert composto por um cesto de pão, fresco e feito no próprio restaurante, com acompanhamentos pouco típicos, como uma pasta de feijão preto e outra de tremoço que, confesso, fizeram com que acabasse com o pão que havia no cesto. Quando menos esperei, serviram um aperitivo que me transportou logo para um jardim… Era uma salada de nêsperas coberta delicadamente com fatias de queijo fresco de ovelha e flores comestíveis lindas de morrer. A combinação de sabores era tão fresca e ao mesmo tempo tão calorosa que fez com que não tivesse pena de arruinar o jardim!

Para entrada, o chef escolheu aquilo a que chamou de ovo estrelado com túberas e espargos. Não, o ovo não estava estrelado mas, ao mesmo tempo, estava. Apresentou-se com uma bola, frita, na qual por dentro se encontrava um ovo, com a clara cozinhada e a gema em estado líquido e, mal lhe pus a faca em cima, a gema deslizou pelos espargos…Aqui fiquei derretida, a olhar para o acontecimento.

Seguiram-se dois pratos, um de peixe e outro de carne. O peixe escolhido foi a corvina, que se impôs, fresca e macia, grelhada e combinada com funcho do mar, um sabor que nos leva para perto do oceano.

Para o prato de carne, a galinha do campo destacou-se por ser tenra e suculenta, sendo valorizada pela cherovia caramelizada em mel de alfazema. A acompanhar, couve-flor e um puré de avelã, uma combinação pouco provável, para mim, que me fez parar e degustar muito devagarinho, como se nunca mais fosse ter oportunidade de o fazer.

Para fechar este conto, a minha parte preferida em todas as refeições, a sobremesa. Estava com grandes expectativas, queria um final feliz, e assim aconteceu. Foi apresentada uma maçã escalfada em vinho tinto com uma musse de chocolate, uma combinação de sabores surpreendente e que me deixou derretida, com um quentinho na alma e uma vontade enorme de voltar.

O menu de degustação é, sem dúvida, uma boa aposta e podem viver esta história apenas por 35€, num lugar mágico e reconfortante.

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Jardim dos Sentidos

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Aviso: Good vibes only.

Jardim dos Sentidos, um oásis no meio da cidade de Lisboa. Situado numa rua transversal à Avenida da Liberdade, é paragem obrigatória, seja a meio de um dia de trabalho, para o almoço, ou ao fim do dia para relaxar e jantar.

Este não é um restaurante vegetariano qualquer, é um dos mais antigos da cidade. Com 11 anos de existência, o Jardim dos Sentidos marca a sua posição e surpreende pela filosofia adoptada, proporcionando aos seus clientes uma experiência que vai para lá da gastronomia. Aqui, vive-se o momento, saboreia-se cada segundo e aprecia-se aquela atmosfera envolvente, trazida pela Ana Paula, a proprietária, que faz questão de tratar todos como se estivessem em sua casa. Casa essa, decorada com motivos orientais, fazendo lembrar o Nepal, pelas cores, os panos, a descontração e simplicidade, promove a sensação de paz e compaixão.

A cozinha fica a cargo da serena Anita, Brasileira de gema, transporta para os pratos a sua criatividade, sendo inspirada pelos costumes orientais, trouxe para o Jardim dos sentidos a cozinha Ayurvédica, sendo apaixonada pela natureza. Sempre em busca de novos sabores, tem em mente o equilíbrio, procurando ter uma oferta variada e com tudo o que necessitamos de dar ao nosso corpo no dia-a-dia. A forma como o consegue está à vista no buffet apresentado pela hora de almoço, onde todos os dias podemos encontrar pratos diferentes. Ao jantar, o buffet dá lugar a uma carta cuidadosamente elaborada pela equipa e executada pela Anita, sempre fiel à filosofia do Jardim dos Sentidos, cativando vegans e não vegans.

Desengane-se quem acha que vai encontrar apenas saladas, sem graça e sem sabor. Aqui estamos mil passos à frente e somos surpreendidos com pratos simples mas cheios de carácter, sendo maioritariamente vegan, com alguns vegetarianos, para quem não consegue resistir a alguns lacticínios, por exemplo! Há uma grande preocupação em manter os níveis de proteína, sendo que a maioria dos pratos é composto por leguminosas e tofu. Ainda assim, não vamos encontrar tofu em todos eles, o que prova que a soja não é obrigatoriamente a fonte principal de proteína, podendo haver um equilíbrio bastante favorável quando adoptamos este estilo de vida. Desengane-se também quem acha que se pedir uma sobremesa vai levar com uma maçã! Até pode… Mas a maçã virá em forma de crumble, a manga, em forma de mousse e os frutos vermelhos em forma de cheesecake! O melhor? Sim, é tudo feito sem alimentos processados, a fruta é biológica e, serão adoçacdas com mel, geleia de arroz ou tâmaras. E em nada se comparam às sobremesas tradicionais, são muito melhores!

Hoje em dia, mais do que uma moda, o veganismo é um estilo de vida. Compreende viver em harmonia com o que nos rodeia e valorizar cada segundo da nossa existência, dando a nós e aos outros o que de melhor há e, por isso, no Jardim dos Sentidos podem usufruir também de algumas terapias, sendo elas o Reiki, psicoterapia, tarot, massagens Tui-Na ou apenas massagens relaxantes. Estas terapias podem ser adquirias avulso ou, bem melhor, inseridas num menu! Porque não ter a experiência completa? Existe a possibilidade de adquirir um menu que inclua a refeição e uma terapia, sendo que podem consultar todas as possibilidades no site ou no facebook.

Monte Mar Lisboa

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O Tejo acompanha-nos ao jantar e na esplanada, literalmente em cima do rio, temos uma das melhores vistas da cidade. O Monte Mar chegou a Lisboa e a localização não podia ser melhor!

Depois de anos a ser a meca dos verdadeiros apreciadores de peixe fresco no Guincho, em Cascais, o Monte Mar promete trazer a mesma frescura para a Capital. O Monte Mar Lisboa, situado na zona fluvial do Cais do Sodré, resulta da transformação do antigo Armazém F, um espaço elegante, urbano, com uma decoração industrial e uma luz natural intensa, reflexo do Tejo ali tão perto. Tem capacidade para 232 lugares de refeição, entre a esplanada e o interior, dividido em duas salas e piso superior, com zonas destinadas a eventos, pois o espaço é enorme e multifacetado.

Depois das incursões em food court com o Monte Mar Mercado da Ribeira e o Kitchen by Monte Mar, no Centro Comercial Colombo, o Monte Mar Lisboa destaca-se pela frescura do peixe e do marisco que dominam o menu, onde não faltam os famosos filetes de pescada com arroz de berbigão, especialidade da casa e um dos pratos preferidos dos clientes. Nós provámos algumas das propostas de Dentro e Fora da Casca: Ostras (do Algarve), Vieiras, Gambas e Mexilhões à Espanhola, onde a frescura e o sabor a mar nos deliciou.

A carta do Monte Mar Lisboa tem opções para todas as bocas, desde Uma Receção Calorosa, se nos apetecer uma sopa, aos Bens da Terra, se estivermos inclinadas para saladas e legumes, ao Mergulho de Mar, com vários pratos de peixe em que o difícil é escolher, ao Do Talho, se apreciarmos carne, terminando com Doces para o Meu Doce, o último doce prazer.

MonteMar1

No Monte Mar Lisboa podemos ter alguma dificuldade em escolher, pois a carta de pratos é uma tentação onde apetece provar tudo, mas será muito bem aconselhado pela equipa de sala. Aliás, o atendimento é um dos pontos altos da nossa visita ao Monte Mar Lisboa, onde fomos muito bem recebidas com simpatia e profissionalismo de toda a equipa. No entanto, não podemos deixar de destacar a boa disposição, a atenção e o cuidado constante do Alexandre que fez com que o nosso jantar tivesse ainda mais sabor, o sabor da partilha de bons momentos descontraídos e saborosos. Do início ao fim da refeição, o Alexandre fez-nos rir e isso soube-nos muito bem!

O Monte Mar Lisboa está já na nossa lista de locais a repetir, especialmente nos dias quentes e longos de verão, onde da esplanada se pode assistir a um maravilhoso pôr-do-sol junto ao Tejo, acompanhado de um dos muitos e bons vinhos e das iguarias que o Monte Mar Lisboa tem para oferecer. Do que é que está à espera para ir ver o pôr-do-sol à beira Tejo?

Monte Mar Lisboa
Monte Mar Cascais

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Cozinha Urbana

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Há negócios que nascem assim. Quando é o lugar que nos escolhe e nos acolhe a ideia. E a partir daí há uma sucessão de coincidências, de ajudas que se dão, de ideias que se emprestam, de coragem que se instiga e de alegrias que se partilham.
Foi com a mesma serenidade de aceitar este destino que Sara Veríssimo me diz que viveu 10 anos na China, em Macau. Pergunto-lhe a fazer o quê: “A crescer”, respondeu-me. A crescer e a captar emoções. A apreender e a fundir sabores de cá e de lá.

A Cozinha Urbana é apenas o primeiro projeto de Sara: 18 lugares e uma pequena esplanada com vista para o Castelo, Tejo e Ponte. Neste pequeno espaço fundem-se culturas, há quadros que se vendem e discos de vinil que os clientes podem pôr a tocar no gira-discos. As cadeiras e mesas são desirmanadas como se de repente tivesse sido necessário arrebanhar todas as cadeiras da casa para acolher quem nos visita.
O nome Cozinha Urbana surge porque tal como nas urbes há culturas que se cruzam, que se juntam agora e se afastam depois. Há as pessoas que permanecem, as que partem e as que, simplesmente, passam. Nas cidades o movimento é dinâmico, há interacção, história e estórias e também assim é na Cozinha Urbana.

Aqui juntam-se sabores improváveis: amendoins com wasabi, húmus de grão e sésamo, salada de beterraba, sopa tailandesa ou chamuça com batata-doce para entradas. Também se une carne ao peixe. A carne é vazia dos Açores e o peixe são flocos de bonito (atum). E assim se recria o Takoyaki (uma especialidade tradicional japonesa), um excelente hambúrguer. Mas pode ser o Beijing que nos transporta para o pato à Pequim, o Tonkatsu com wasabi ou o Miso com o próprio. Para agradar a todos os urbanos, há o Veggie, só com vegetais.
Nesta Cozinha Urbana há ainda um segredo a pedido. Fatiota de coelho: vem desossado, grelhado, com cuscuz e salada e quiçá outros sabores do mundo.
Não querendo pão nem carne, há saladas. Onde os sabores também convivem: pato e cuscuz ou de muxama (uma especialidade algarvia, que consiste em atum seco).
Por fim, destaque para um bolo de chocolate cheio de geografias, com flor de sal e pimenta preta.

Para beber referência para as cervejas. Para além da tailandesa ou da japonesa têm uma das mais urbanas cervejas, feitas quase ali ao lado: a 8ª Colina, cerveja artesanal portuguesa, nascida algures na Graça, em plena Lisboa.

Voltando ao princípio. O local escolheu e acolheu a Sara e o seu negócio. Tenho para mim que a vivência da cidade de Lisboa irá passar, inevitavelmente, num futuro próximo, pelo eixo Mouraria-Martim Moniz-Intendente-Graça. Aproveite e seja dos primeiros a usufruir e a deixar-se acolher por uma nova-cidade-velha.

Se é uma boa escolha? Com certeza!
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ChelLo’s

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Haverá comida mais portuguesa que aquela cozinhada no berço da nação? Bem, essa pergunta tem pano para mangas, mas uma coisa é certa, quem vier ao ChelLo’s em Guimarães não sairá decepcionado.
Por caminhos em paralelo nas colinas que sobem da cidade berço viemos ter ao lote 26 da Rua do Bom Viver. O paralelo ergue-se do chão e a pedra estende-se para forrar as paredes deste espaço moderno. No rés-do-chão a luz quente dos candeeiros combina-se com aquela que se difunde da lareira, cobrindo a sala com um cobertor de uma fina luz alaranjada. No piso de cima, o clima clareia para melhor se ver a vista panorâmica sobre a cidade ao som da música ambiente.

Cláudio Loureiro, a simpática e experiente cara desta casa, não poupa nas homenagens, começando logo pelo nome, ChelLo’s, em homenagem à sua mãe, continuando até à cozinha onde eleva a gastronomia portuguesa a um outro patamar, não só no sabor mas também na forma como a apresenta aos seus clientes. Porque os olhos também comem, deliciámo-nos com as obras (gastro)arquitectónicas que nos apresentou.

Começamos a nossa refeição com um clássico elevado a outro nível: uns irresistíveis pãezinhos quentes com manteiga de 3 ervas e pesto de azeitonas verdes. De seguida, 3 maravilhosas entradas, uma suave alheira de Vinhais em migas de grelos e ovo de codorniz, um forte queijo de cabra gratinado contrabalançado com uma doce maçã glaceada em redução de vinho do Porto e um aconchegante vol-au-vent de aves com um rico e quente molho de cogumelos. Tudo isto com um fantástico espumante bruto Paço do Duque, servido silenciosamente, libertando um ameno aroma floral.

Para o prato principal partilhámos um aventura entre o campo e o mar. Começamos com um respeitoso tornedó de novilho braseado em ervas frescas, descansado em cama de legumes salteados e com mousse de queijo da serra, molho de frutos vermelhos e batata belga. Seguidamente um fantástico e suculento lombo de bacalhau confitado em azeite extra virgem servido com húmus de feijão preto e grelos.

Finalizámos a nossa refeição com duas perdições doces, o rico bolo de chocolate tépido da casa com um refrescante gelado de avelã e fofo de manga e uma combinação de texturas servidas em forma de cheesecake de chocolate branco e um molho ácido de frutos vermelhos.

Se ainda assim não ficou convencido, talvez isto o faça: desde novembro de 2015, o ChelLo’s encontra-se referenciado no prestigiado Guia Michelin com 2 garfos, que medalha o “Bom Nível” do restaurante. Uma distinção, em nosso ver, mais que merecida e que homenageia o fantástico trabalho que se faz com a gastronomia nortenha.

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Viva Lisboa

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Porque um hotel é muito mais do que uma estadia, fomos almoçar ao restaurante Viva Lisboa, no Neya Lisboa Hotel, e ficámos a conhecer a oferta de menus vegetarianos. Na Rua D. Estefânia temos agora mais uma boa escolha de comida saudável!

Numa altura de mudança de estilos de vida e de consciencialização ao nível dos hábitos alimentares, o Viva Lisboa surpreende com novos menus vegetarianos da autoria do Chef consultor Miguel Laffan, disponíveis às terças e quintas. Nestes dois dias, o Viva Lisboa assume-se como o restaurante wellness vegetariano, com propostas de criatividade e de sabores, alinhado com a política de sustentabilidade do Neya Lisboa Hotel.

As criações do Chef Miguel Laffan, executadas pela equipa do Chef João Pronto, têm como principal objetivo desafiar os sentidos e estimular as emoções, numa experiência gastronómica diferente, fazendo do Viva Lisboa o primeiro restaurante nacional de cozinha de autor com esta abordagem. Da nova carta vegetariana, fomos inicialmente surpreendidas com bambu fresco com mostarda e tivemos o prazer de poder provar algumas das opções da carta: Gaspacho de frutos vermelhos; Cenoura assada, alho francês e pepino grelhado com creme de ervilha; Funcho confitado, creme de milho, sementes de abóbora e girassol. Para finalizar, uma excelente sobremesa: salame de alfarroba, creme de café e gelado de baunilha.

O Viva Lisboa é uma interessante descoberta gastronómica, que conjuga agora a valorização de um estilo de vida saudável e uma cozinha criativa moderna, explicou-nos Sara Freire, Diretora do Hotel Neya Lisboa. Alinhado com o conceito de sustentabilidade tripartida do Neya Lisboa Hotel, ambiental, social e económica, oferece uma cozinha portuguesa de autor, diariamente, das 12h às 23h.

O que encontramos nos menus vegetarianos do Viva Lisboa são diferentes combinações de sabores, texturas, cores e aromas, criatividade, aliada aos produtos frescos e de qualidade. Para experimentar, sem hesitar!

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Porto Sentido

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Com certeza o nome do Chefe Cordeiro vos soa sonante, não só pela excelência da sua cozinha como pelo seu percurso profissional. Crescido em Trás-os-Montes, trabalhou em alguns dos mais emblemáticos restaurantes nacionais, sendo que conta já com duas estrelas do guia Michelin. Além de duas obras já publicadas, abriu os seus próprios espaços: um em Luanda e outro em Lisboa. Mas, como amante do Porto, decidiu abrir um espaço dedicado à cidade, o Porto Sentido by Chefe Cordeiro. Ali mesmo na baixa portuense, no edifício da Ordem dos Engenheiros, podemos deliciar- nos com os pratos da sua autoria.

A remodelação do espaço ficou a cargo do Arquitecto Miguel Melo que, tendo recorrido à inspiração da engenharia, dotou as paredes e os tectos de traços rectos e originais, com recurso à madeira, vidro e ferro. No restaurante podem encontrar duas salas distintas, uma esplanada e um clube lounge mais intimista, com um pequeno jardim interior.

A tarefa difícil por aqui é mesmo escolher o prato a degustar. A carta é extensa e folheá-la desperta- nos a curiosidade, isto porque – apesar de estar repleta de pratos tradicionais – denota-se o toque moderno que o Chefe deposita na sua comida e que tanto o caracteriza. E, então, para entrada, optámos pelos mexilhões em molho de tomate e alvarinho. Um óptimo começo, pela leveza do prato e suavidade do molho, e a acompanhar um belo vinho branco do Douro. Sendo que neste dia se dava início ao Festival do Arroz – com oito pratos disponíveis com este ingrediente -, a escolha passou pelo arroz de bacalhau, tão típico. Soberbamente preparado, com a dose certa de picante, o verdadeiro “comer e chorar por mais”, com uma notória qualidade e frescura dos ingredientes. Ainda provamos um prato pertencente à carta comum: o peito de frango recheado com manteiga de alho e tomilho, acompanhado de puré de batata doce e alho. Das junções mais deliciosas que se pode conceber, uma combinação de sabores harmoniosa. O frango confeccionado no ponto, desfazendo-se à passagem dos talheres e o puré – arrisco a dizer – o melhor que já provámos. A sobremesa, por fim, mais uma escolha árdua com várias opções que, aos nossos olhos, merecem várias idas ao restaurante. Provamos a tarte de limão, manjerição e compota de ruibarbo e, ainda, o folhado crocante com mousseline e frutos do bosque. O mote perfeito para concluirmos que os preparados do Chefe Cordeiro são verdadeiramente fantásticos e requerem talento.

Com uma apresentação irrepreensível, impossível não sentir o amor que se deposita na confecção destes pratos. Os sabores que se sentem levam-nos a viajar no tempo e a querer sempre mais. O Porto Sentido é daquele tipo de espaços que não deixámos nunca, porque nos faz acreditar que um bom prato nos faz mais felizes.

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Hamburgueria D ́Avó Ana

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A premissa de comer um hambúrguer cozinhado por uma avó, daquelas que cozinha como ninguém, aliado a combinações de ingredientes bastante originais, torna obrigatório uma visita a esta bonita hamburgueria situada na Maia. A Hamburgueria D ́Avó Ana é um projeto de família Oliveira, que nasceu a partir de um jantar de primos cujo objetivo era homenagear a Avó Ana, que sempre fez hambúrgueres deliciosos para todos os netos.

E desta forma optamos por escolher do menu, os hambúrgueres que nos parecessem feitos por uma avó, o hambúrguer de alheira e o hambúrguer rústico, que pelos vistos, também são os mais pedidos!

O hambúrguer de alheira é composto por 150 gramas de carne de vaca, alheira, salteado de cebola, ovo, alface e queijo emmenthal enquanto o hambúrguer rústico é composto por uma combinação de ingredientes que nos coloca a salivar, é que além das 150 gramas de carne de vaca, temos morcela, rúcula, maçã, azeitona preta, cebola e queijo curado de mistura! A acrescentar a estes deliciosos hambúrgueres, podemos escolher entre o molho de alho, molho de hambúrguer, molho de 86(à base de tomate), molho da ilha e o molho de pimento, a ser colocado no hambúrguer. As batatas fritas artesanais são acompanhadas também com molho de hambúrguer.

E após deixarmos as nossas indicações do que nos parece um hambúrguer delicioso, que nos deixa em enorme espectativa para a nossa refeição, que contemplamos a decoração da hamburgueria, começando pela típica bicicleta pasteleira suspensa a meio do espaço, quer pelos materiais usados, a madeira de pinho e os tons pastel.

Assim que chegam à mesa, os hambúrgueres são aquilo que devem ser! Com uma apresentação bonita e cuidada, reparamos imediatamente que os hambúrgueres são generosos e bem compostos, quer em termos de volume, quer em termos de ingredientes, o que nem sempre acontece. As batatas fritas com orégãos que o acompanham e o pão escolhido, que difere de hambúrguer para hamburger, confirmam a frescura dos ingredientes. Assim que começamos, com muita vontade, a provar, tudo o que imaginamos quando o escolhemos, corresponde, trata- se de um verdadeiro hambúrguer, bastante genuíno. A carne é saborosa, as combinações de ingredientes são muito bem estruturadas! A alheira funde-se bem com a carne de vaca e o ovo que aliados ao molho da ilha, funcionam na perfeição. Na outra escolha, a morcela e a maçã combinadas tornam o hambúrguer extremamente delicioso! Todos os ingredientes são frescos, desde o pão à batata, passando pela carne de vaca. Isto sim, são hambúrgueres e acabamos por concordar com a Avó Ana, “Comida boa, não sobra”. Aconselhamos que acompanhem estes hambúrgueres fortes em sabor com uma bela cerveja artesanal.

A sobremesa eleita foi a baba de camelo com bolacha oreo. Sim, é tão bom como soa, ainda por cima sendo de confeção da casa.

Existem também no menu, outras opções, como o hambúrguer com 200 gramas de carne de vaca, o hambúrguer de frango e uma edição limitada, o hambúrguer do mês. Brevemente será lançado o site online da Hamburgueria e já está a ser estudada, a abertura de um novo espaço.

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O Antigo Carteiro

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Ali no Largo do Ouro – o largo mais bonito do Porto, dizem – está “O Antigo Carteiro”, onde, em tempos, se situava um antigo posto dos CTT. O espaço – aberto desde 2014 – pertence ao Hélder, profissional da área do teatro, que entrou no mundo da restauração pelo seu gosto em comer e beber, mas sobretudo pela sua vontade em proporcionar às pessoas uma experiência inesquecível quando vão comer fora. Por isso, faz questão de conhecer cada pessoa que aqui chega, de os tratar pelo nome, de os fazer sentir em casa e de lhes dar a conhecer os pratos da sua carta. E é precisamente este sentido de familiaridade que impera, seja pela própria decoração tradicional, como pela origem dos ingredientes usados na cozinha. Cerca de 80% dos produtos usados são produzidos por fornecedores de proximidade e privilegia-se a produção biológica, algo que se promove tanto nos vinhos, como nas carnes, queijos, legumes e enchidos. A carta, portanto, vai de encontro à sazonalidade e oportunidade dos produtos.

A área ocupada pelo restaurante assemelha-se a uma casa, o que faz com que passe um pouco despercebido. Tem um pequeno terraço, onde podem fazer uma refeição ao ar livre e duas salas no interior, também de pequena dimensão, mas perfeitamente capazes de receber refeições de grupo de índole mais intimista. A decoração clean é animada pelo toque típico das cadeiras de madeira e o exterior pelos canteiros de flores. É, por isso, muito fácil sentirem este aconchego do lar.

O Hélder, à mesa connosco para um almoço em dia solarengo, qualificou a comida que aqui se faz como sendo tradicional portuguesa, sem “grandes coisas”, tendo como objectivos primordiais o respeito pelos sabores e uma junção harmoniosa de sensação e textura. As receitas são criadas pelo talentoso Chef Rui Oliveira, em conformidade com as ideias do Hélder. Mas vamos ao mais importante! Começamos o nosso almoço com várias opções de entrada: cogumelos portobelo com farinheira e mel, língua de vaca laminada, sardinhas de escabeche e uma salada do chef. Pratos leves, de confecção irrepreensível, com sabores cativantes que nos levam a desejar por mais. Para prato principal mais duas opções que não podem deixar de provar neste espaço: arroz de enchidos e grelos e caril de frango acompanhado de arroz branco. Não me é possível escolher qual dos melhores, pois o arroz conquistou-me pela sua simplicidade e o caril seduziu-me pela sua garbosidade. Não há sabores heróis aqui. Cada um deles é tratado de modo a formar algo simples, mas prazeiroso ao paladar, o que se torna ainda mais agradável pela qualidade dos vinhos servidos.

Agora, a minha parte favorita. Algumas das sobremesas pertencentes à carta estiveram na nossa mesa: a tarte de lima, as rabanadas, o carpaccio de abacaxi e o pudim Abade Priscos. Sou da opinião que as rabanadas sabem sempre melhor fora da época natalícia e estas, acreditem, são divinais. O abacaxi e a tarte de lima são opções condizentes com o verão, pela acidez do sabor e suavidade da doçura. E a minha sobremesa preferida desta refeição, o pudim, que requer técnica de confecção para um resultado excelente. A consistência estava densa, tal como é esperado, e o sabor na medida perfeita da exigência desta sobremesa, acompanhado de um vinho do Porto de colheita de 1990.

Toda a experiência vivida no espaço se torna marcante. Leva-me a viajar no tempo para os almoços em família, com a típica toalha branca na mesa com vestígios de gordura e vinho, resultado de uma refeição demorada e feliz; as pessoas que por cá trabalham dão-nos o afecto de uma amizade já de muitos anos e a comida dá-nos o conforto que procuramos quando chegamos. Não pense que vai chegar ao restaurante para comer e sair. Prepare-se para pertencer a uma nova família, para voltar e para ganhar um novo amor pela gastronomia, porque aqui faz-se comida “dos pés à cabeça” e comida “com pés e cabeça”.

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Fotografias: Sofia Tiyatyavyaynen e Paulo Cunha Martins

Modern Foodies

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“Não tenho tempo para cozinhar, muito menos para ter uma alimentação saudável todos os dias”. Errado… Muito errado!
Era bom que tivéssemos alguém a cozinhar para nós todos os dias, certo? Ou que alguém se preocupasse connosco e cozinhasse algumas refeições e a nós só nos coubesse a tarefa de as comer ou levar connosco para o trabalho.

A Modern Foodies apresenta a solução para os mais atarefados e, também, para os mais preguiçosos, com uma vasta oferta de refeições saudáveis e 100% caseiras, em formato take away e Home Delivery. É uma marca que faz com que seguir uma alimentação saudável seja descomplicado e prazeroso, conseguindo fazer a gestão das várias refeições do dia-a-dia, seja o pequeno-almoço, almoço, jantar, lanches e sobremesas! Tudo isto para que quem quer ter uma alimentação equilibrada consiga manter o foco, sem nunca se cansar do que está a comer.

O pequeno-almoço é a refeição mais importante do dia e deve ser uma refeição completa para nos ajudar a acordar o corpo e a prepará-lo para o dia. Nada de desculpas, a Modern Foodies prepara uma das papas de aveia mais saborosas de sempre mas como nem só de papas de aveia se faz um pequeno-almoço, a oferta estende-se a bolos, muffins, pães e granolas!

Existe também uma variedade bastante apelativa de snacks para os lanches da manhã e da tarde, sempre a pensar no facto de ser pequeno e de fácil transporte para quem anda a mil à hora e as opções passam por bolinhos, bolachas e barras de cereais. Apostem nas barrinhas e, se pudéssemos eleger um bolo é, definitivamente, o brownie de batata-doce e cacau.

Tanto ao almoço, como ao jantar, a diversidade mantém-se e a Modern Foodies pensou em refeições grab&go e também para comer no conforto do nosso lar. As coxinhas de frango e batata-doce, além de serem ótimas para levar connosco para qualquer lado, fazem uma refeição espetacular em casa. Mas em casa, o que apetece mesmo é ter um prato à frente com comida quente, garfo e faca. Não seja por isso, o caril de grão de bico e espinafres e a bolonhesa de soja com fusilli integral vieram para vos deixar rendidos à alimentação saudável, provando que é fácil e saboroso viver em equilíbrio. O melhor de tudo? Não temos trabalho nenhum e a garantia de que todos os pratos são caseiros, frescos e saborosos.

A Modern Foodies recebe encomendas através do site www.modernfoodies.pt e as mesmas podem ser levantadas em loja ou recebidas em casa, em dias específicos de entrega.

Esperamos que gostem tanto como nós porque aqui no Saliva, está mais do que aprovado!

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Sentido do Mar

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Sexta–feira. Final do dia e chegámos mesmo a tempo de sermos presenteados com o pôr do sol. O mar mesmo à nossa beira, imenso e sereno na sua plenitude. Estamos no centro da costa da Caparica, no chamado Paredão onde os vários restaurantes se dispõem junto ao mar.

Entramos no Sentido do Mar com este sentir e o mesmo é prolongado pela decoração clean e onde o detalhes dos azulejos coloridos embutidos no balcão saltam ao olhar. Nas janelas/portas poemas de autores portugueses como Miguel Torga, Fernando Pessoa, Sophia de Mello Breyner, entre outros sobre o mar chamam a nossa atenção.

O espaço é composto por uma esplanada coberta e uma sala com mesas brancas excepto a maior de todas que é em tom preto. O balcão com azulejos embutidos com cores que alegram, a montra de peixe fresco. A carta é distinta na sua oferta de peixe e carne. No entanto, confessamos que adoramos sushi e estamos curiosas com o sushi de fusão de Jorge Guerreiro, o Sushiman.

Começamos pela sopa miso deveras aconchegante. Optámos por um vinho branco. Foi-nos aconselhado para esta degustação o vinho Quinta do Piloto Reserva da Península Ibérica. Suave para não deturpar o sabor das iguarias japonesas. Gostámos do detalhe.

As gambas com molho especial do chefe e os canelones de atum desfazem-se na boca e há como que uma explosão de sentidos ou não estivéssemos nós no Sentido do Mar.

De seguida, o Tártaro de Salmão com abacate um ex-libris da carta e que é simplesmente fresco e delicioso. E não resistimos a provar a flor comestível. Tem um ligeiro travo a picante.

Colocam na mesa a Tempura de Ostras em cama de tiras finas de beterraba, cenoura e rabanete, que recebeu o prémio de melhor entrada no concurso gastronómico do concelho de Almada em 2015, com molho sweet chili. Parece-nos uma nuvem fofa que envolve as ostras na sua casca e deixem-me que vos diga que nos sentimos no céu. Aqui entre nós, não provámos as outras entradas porém esta é simplesmente… um elevar dos sentidos.

Degustar é um “privilégio” e assim que o combinado Sentido do Mar de sushi e sashimi  (peixe fatiado) chega à mesa, esta toma outra cor, com a presença, delicadeza, arte, sabor a mar que nos é apresentado.  Há uma partilha de experienciação. A sensação que temos é que quanto mais saboreamos mais apetece saborear, quase que um prolongamento de um estado mais que feliz.

Sobremesa. Quem quer? Não dizemos que não a uma tarte de lima merengada & um brownie com nozes e bola de gelado. Refrescante e intenso. Só de pensar, já estou a suspirar…

Neste espaço, a ementa da carta é generosa e diversa: carne, peixe e marisco fresco, existe o sushi e o sushi de fusão, assim como a carta de vinhos, cockatils e gins (há 18 variedades). Ficam algumas sugestões que nos piscaram o olho: Tempura de caranguejo de casca mole, kokkigai (ameijoa japonesa), as vieiras, o gunkan (sushi salmão enrolado), niguiri (bolinho de arroz com fatia de peixe por cima.

A apresentação dos pratos é feita de uma forma vibrante. Há vida e cor e muito sabor do mar. O atendimento foi célere e cúmplice e apreciamos bastante.

Quando saímos do Sentido do Mar, sentimos que a nossa noite foi plena e o mar concorda abençoando-nos com o seu som e a lua em forma de quarto crescente retribui o nosso sorriso.

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Chelsea

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Em plena baixa de Faro, numa das ruas mais conhecidas da cidade, “a rua das lojas”, encontramos o restaurante, a pizzaria e a gelataria Chelsea, situados numa zona bastante calma, sem a passagem de carros e onde podemos estar sentados nas suas magníficas esplanadas, a comer tranquilamente nas noites quentes de Verão que se aproximam. Sendo um nome já bastante conhecido dos farenses, o Chelsea também nos faz salivar com vários bolos e delicioso pão que vende nas várias pastelarias espalhadas por Faro.

No restaurante, encontramos um menu bastante variado e não muito extenso. O nosso olhar prende-se imediatamente às entradas. Salada de lagosta e molho tártaro, camarão ao alhinho com gelado de caril e folhado de queijo de cabra e figos, são algumas das delícias que podemos escolher para iniciar a nossa refeição. Ao correr o menu, reparamos que o Chef Marco Sousa nos apresenta opções de saladas, vegetarianas, massas, peixe e marisco e carne, sendo a sua especialidade cataplana de peixe e marisco.

Enquanto esperamos, somos deliciados com o petisco do chefe! Uma tábua com várias entradas, cada uma mais deliciosa que a outra.…tomate com mozarela fresco, cubinhos de melão com presunto, ananás e bacon com redução de vinho do porto e bolinhas de alheira e queijo Brie… Já estão com água na boca? Então preparem-se para o que segue…Caril de polvo… Uma mistura de sabores fantástica, que oscila entre o exótico caril e manga com a textura tenra do polvo, servido com maçã verde e, um delicioso arroz de tamboril e gambas, em que o peixe simplesmente se desfaz a cada garfada e que contrasta com as gambas estaladiças que compõem o prato. Tudo isto num espaço renovado com um estilo industrial moderno que convida a voltar, sempre.

A pizzaria é outro espaço encantador! Um espaço novo que veio de dar vida e cor à rua de Santo António. Um espaço que se apresenta bastante desafogado e que perfeitamente se adapta ao “relaxar” com amigos e família. Amuse bouche como beterraba com alhinho, coentros e laranja e uma fornarina de alecrim, azeite e flor de sal fazem as delícias de quem cá vem! As pizzas com nomes bastante conhecidos da cidade de Faro, como a Ria Formosa, Arco da Vila e Ossónoba, feitas pelo Chef Américo, são servidas numa elegante tábua, e chegam-nos à mesa com um aspeto incrível. Aqui encontramos também pasta, como o spaghetti Vangole que retrata os sabores da dieta mediterrânica num típico prato italiano, misturando o sabor das amêijoas, do tomate, azeite e da pimenta do reino.

E como não poderia deixar de ser, não faltam as típicas sobremesas… panna cotta, tiramisu e uma grande perdição, a famosa pizza de Nutella! Mas se preferirem, e tiverem sempre de olhos postos na gelataria que fica mesmo ao lado, podem sempre optar pelos deliciosos gelados que o Chelsea nos apresenta… Iogurte de lima, maracujá, chessecake de frutos vermelhos e tantos outros, levar-vos-ão ate Itália num piscar de olhos, assim como sabores como pastel de nata e Dom rodrigo vos trarão de volta numa viagem alucinante de sabores bem típicos e portugueses. Recomenda-se…sem dúvida!

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